sexta-feira, 28 de abril de 2017

Língua, um ser vivo

     Não, não me refiro a língua como um órgão, trato de idioma, a linguagem que falamos. O que tem ela? Bem, desconheço entre os estrangeiros, mas aqui no Brasil a gente vê muito em redes sociais e no cotidiano pessoas corrigindo as outras dizendo que tal palavra não é assim que se escreve ou a maneira certa de falar é essa ou aquela. Do meu ponto de vista, isto intenta ajudar na compreensão e na estética das mensagens, mas mesmo assim, o idioma naturalmente se transforma.
     Sabe a origem da palavra "você"? Não fiz um estudo profundo, mas assistindo novelas e filmes de  tempos antigos assim como lendo livros com português arcaico, acredito que inicialmente falava-se muito "Vossa mercê" em Portugal; no Brasil colonial, gente da ralé dizia "Vosmecê", daí foi um "pulo" para chegar em "Você". Assim como temos "Caixa d'água", provavelmente no passado, para referir-se a algo dourado, diziam "cor de ouro" que depois virou "cor d'ouro" e "d'ouro", com o avançar do tempo, se transformou em "dourado".
     O que quero dizer é que a língua é como um ser vivo que evolui naturalmente com o avanço dos anos. As pessoas, sejam por baixa instrução, estilo, vontade, desconhecimento de uma palavra para descrever algo, por necessidade técnica ou social ou simplesmente vício de linguagem; criam regras gramaticais próprias, abreviam, juntam, separam, trocam letras e por aí vai. As ouvintes, pela repetição ou por considerarem mais legal ou apropriado, passam a falar também e isso se propaga entre tudo e todos.
     O que é mais importante na língua? É o escrever e falar bem? Não! É ser entendido. Ter a informação pensada transmitida corretamente para o outrem. Desobedecendo as regras gramaticais e ortográficas compromete-se isso? Num primeiro momento pode sim se usar-se palavras ou regras muito diferentes das que o ouvinte está habituado! Mas depois que se explica, conversam sobre o significado de cada coisa, a comunicação ocorre tranquilamente. Digo isso por experiência própria. Morei 10 anos em São Paulo e depois fui para o Ceará. Uma vez eu tava no recreio no ensino fundamental, uns amigos meus estavam conversando sobre um tal de "mudubim", e era essa palavra sendo repetida diversas vezes e eu sem saber o que era isso, então perguntei o significado dela, me explicaram que era amendoim. Pronto! Toda vida que usassem "mudubim" por aí, seria tranquilo. Outra vez estava na casa da minha vó que pediu para pegar umas folhas de "carrapateira"; se encontrava na minha frente e nada de me "tocar", daí ela apontou para aquilo, foi aí que percebi que se referia ao que eu conhecia como "mamona".
     Uma dificuldade que tenho é quando estou conversando com alguém no chat do facebook e a pessoa abrevia muito as palavras que usa. Parece um outro idioma. De fato, não sou deste universo e até eu pegar no "tranco", requer um tempo, mas um dia, com a exposição a isso, aprendo.
       Assim, muitas palavras que falamos e escrevemos hoje e são adotadas como cultas, no passado, eram tidas como coloquiais e várias outras que temos como errôneas hoje, futuramente serão incorporadas à gramática do nosso idioma ou de outros. 

sábado, 22 de abril de 2017

O mundo à sua volta fala contigo

       Nós temos vários sentidos como visão, olfato, paladar e tato. Graças a eles podemos sentir de tudo no nosso entorno e tais sensações, dependendo da nossa cultura, religião, experiência de vida, desenvolvimento mental e nível de sensibilidade, entre outros fatores, nos permite ter acesso a determinadas informações e/ou mensagens. Apenas devemos estar atentos a isso.
     Talvez você não acredite nisso, ache que seja imaginação minha, mas vamos analisar um exemplo: você quer comprar um carro, mas num dia chove, no outro aparece algo importante para resolver e te impede, até que chega o momento que ficas livre e quando vai lá comprar, encontra na primeira loja que entra e bem mais barato do que esperava; o vendedor explica que aquele é um modelo de final de estoque e que naquele dia está havendo promoção para poderem renovar os produtos, por isso o preço reduzido. Pensa aí! Se tivesse ido nos outros dias que foi impedido, será que teria tido a mesma facilidade e benefício? Então parece que temos alguém que está estimulando o que é melhor para você.
       Quando digo falar, não digo usar palavras, igual duas pessoas conversando. Me refiro a ações, acontecimentos que influenciam suas atitudes e tomadas de decisão, te guiando rumo a determinado futuro. Tais ações podem ser suaves ou radicais, sendo que aquelas nem sempre conseguem o objetivo pretendido, depende se você deixar, mas, para isso, tem que estar atento a elas e saber interpretá-las. Isto exige bastante de ti.
     Não é um ser vivo, mas parece sê-lo. Em muitas culturas antigas o mundo à nossa volta ou natureza foi tratado como uma divindade por conta do fascínio que provoca em muita gente. De fato, é de se maravilhar mesmo: algo maior do que nós, do qual fazemos parte, cuja dinâmica de funcionamento provoca o movimento dos seus componentes, o que nos inclui, de modo que alcancem o estado que devem alcançar, o de equilíbrio. Contrariarmos essas forças gera conflitos.
      Se não quiser aceitar o caminho imposto pelo mundo, para chegar onde queres com o mínimo de esforço e custo, o recomendado é ter "jogo de cintura", sair "driblando" o que ele te impõe com classe e desenvoltura, pois o mundo muda, então suas crenças podem estar conflitando agora, mas pode chegar o momento que isto pode mudar. Quem decide se quer arriscar é você, analisando bem seu interior, o que tu és, poderás ter uma maior certeza de que caminho seguir.

segunda-feira, 17 de abril de 2017

Se um humano pode fazer, qualquer outro também poderá

          Há sempre um medo de tentar algo novo, pois o fato de nunca ter tentado antes,  cria uma dúvida sobre a capacidade de fazê-lo. Tem-se receio de fracassar e, se houver público, de ainda ser lembrado diversas vezes, o que diminuiria o estímulo de seguir em frente. Como sanar tal questionamento? Um artifício é se referenciar nas ações de outras pessoas que conseguiram fazer tal ação com sucesso.
          É fato que nem todo mundo é igual, possuem educação diferente, visão de mundo distinta e até religiões diferentes. Todos estes fatores influenciam na tomada de decisão de qualquer pessoa. Porém, quanto ao aspecto físico ou biológico, somos absurdamente semelhantes.
       Todas as nossas características como um ser vivo, nos permite fazer determinadas coisas, talvez não tudo, mas muitas delas. Agora, ao que corresponde cada tarefa que podemos realizar, em muitos casos, tem-se uma incógnita. Para descobrir, só fazendo mesmo!
       Todos nós temos capacidade semelhante, podemos fazer e alcançar os mesmos objetivos, assim, se um alcança algo, qualquer outro com o corpo e mente semelhantes também pode, melhor ou pior. Exemplificando: se uma pessoa consegue nadar 100m sem parar, outra tem a mesma possibilidade de fazê-lo; se alguém pular 3m, qualquer um possui a mesma capacidade; se algum indivíduo passa em uma prova do ITA, outro pode conseguir também; e por aí vai.
       Isso não é copiar ações ou seguir os mesmos passos dos outros, é apenas aprendizado e provavelmente sempre foi assim, pois os hominídeos primitivos possivelmente costumavam imitar as ações daqueles que agiam diferentemente da maioria do grupo, ficando em vantagem em relação aos demais.
          O novo é algo que muita gente quer. Ele é cobiçado, mas, para chegar até onde se encontra, nem sempre é fácil. Pode haver alguns empecilhos para a pessoa enfrentar, dentro e fora dela. Apesar das dificuldades que virem pela frente e o temor provocado, após a fase de esforço e dificuldades, o conquistado provavelmente valerá a pena, trará muita felicidade e te fará ver que quem quer, consegue.
       Portanto, o sentimento de impossível enfraquece e se fortalece o de possível. Ganha-se estímulo para tentar o tão receado algo novo e assim desfrutar de tudo de bom que ele possa oferecer e com isso sentimos a capacidade tomar conta do nosso corpo, conquistando cada vez mais objetivos até mesmo nunca imaginados por ninguém. É isso ou ficar na rotina!