Já diz a sabedoria popular: "Quem conta um conto, aumenta um ponto", ou seja, história passada oralmente se modifica muito da original devido descuidos e intenções do contador. Além destes problemas, numa comunicação ou repasse de
informações quaisquer, independentemente do canal (também chamado meio) usado ser por email, carta, voz, telefone,
chat, SMS, entre outros; temos variados elementos envolvidos como ruídos, contexto, emissores e
receptores. Todos eles afetam a transmissão e compreensão da
mensagem. Como? Vamos entendê-los separadamente.
Os ruídos variam conforme o tipo de canal ou meio usado. Podem ser queda de internet, falha no servidor, papel
rasgado, manchas, rasuras no texto escrito, barulhos, chiados, entre outros. Isso contribui no repasse de mensagens fragmentadas adiante, podendo culminar num mau entendimento ou mesmo
incompleta compreensão.
O contexto corresponde a situação a que a mensagem se refere, pois a mesma permite variadas interpretações quando emitida junto a distintos contextos. Exemplificando: Se a pessoa ouve "Já 'tá na hora!", sabe que é para executar algo imediatamente, caso houvesse conversado antecipadamente com o emissor sobre a tarefa, ela entende o aviso prontamente, pois tem o contexto certo da mensagem, mas alguém que não está ciente, isto é, desconhece o contexto, fica confuso. Mensagens simples e curtas são usadas quando os envolvidos estão com o contexto em mente, já o detalhamento das mesmas, ocorre para haver contextualização.
Os emissores, aqueles
que emitem a mensagem por meio de gravações, falando ou escrevendo, precisam usar palavras e imagens compreensíveis pelo receptor e que impossibilitem ambiguidade, isto é, não permitam múltiplas
interpretações, mesmo já contextualizadas, mas isso pode ser evitado usando construções com mais
palavras, detalhando bastante o que se imagina e, quando necessário, escolhendo imagens de interpretação única, incluindo legendas e descrições, se possível. Também é importante a
legibilidade mínima da letra quando o texto for escrito à mão. Outra coisa a se ter em mente é que usar ortografia e
gramática compreensíveis, não quer dizer obrigatoriamente pertencentes a norma culta, pois se os
receptores tiverem outros linguajares e gírias conhecidas pelo emissor, quando possível, é recomendável
usá-los para agilizar o entendimento. No caso de imagens, a resolução deve ser boa e as cores usadas devem atender a finalidade desejada.
Já quanto aos receptores, aqueles que
recebem a mensagem ouvindo ou vendo, os mesmos devem fazer um esforço para
entendê-la bem, procurando acessarem-na integralmente, isto é, do início ao fim dela, a verem ou ouví-la com bastante atenção e, quando necessário, consultar num dicionário, internet ou uma pessoa, o
significado de palavras desconhecidas que podem ser cruciais para o entendimento da informação. Ainda pode ser necessário rever a
mensagem várias vezes e, como complemento, fazer um feedback, isto é, repetí-la ao emissor para ter certeza do correto entendimento.
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Imagem: https://opusdei.org/pt-pt/document/ |
E por que gastar tanto esforço e tempo em uma comunicação tão eficaz assim? No trabalho em equipe, numa sala de aula, ao dar palestras e muitas outras situações de comunicação pública, o receptor entendendo de forma exata o que o emissor disse e aquele necessitando disso para fazer prova importante, tarefa, viagem ou tomar decisão crucial a respeito de algo, tais ações podem ser feitas com altíssimas chances de sucesso. De fato não podemos controlar todas as variáveis e elementos envolvidos, mas quanto mais deles pudermos usar para o melhor entendimento possível da mensagem, menores as chances de entendermos ela errada e cometermos erros por conta dela.
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