Desde os tempos antigos, as regras foram surgindo para organizar nossa sociedade e trazer estabilidade a mesma. Elas se modificam com o tempo por conta da mudança de alguns conceitos usados para criá-las, mas sempre estão lá. Pessoas que as obedecem, como policiais, civis e militares, por exemplo, às vezes a seguem tão à risca que sem perceber, acabam se desviando da sua finalidade, ou seja, ao invés de beneficiar as pessoas, estão prejudicando-as.
Vou exemplificar para ficar mais fácil entender: suponha que uma pessoa esteja doente e usar um tipo de droga como a maconha poderia fazê-la suportar por mais tempo até que descobrissem um jeito de curar a doença dela, porém, pela lei do país onde ela se localiza, uso de drogas é ilícito e pode dar cadeia. E aí, obedecer a regra à risca e deixá-la definhar ou desobedecê-la e tentar salvá-la? Outra situação envolve religião: vi uma notícia uma vez de uma família evangélica fundamentalista, um dos seus membros estava doente e a transfusão de sangue poderia amenizar os efeitos da doença, porém, pelas regras da religião deles, tal processo não poderia ser realizado por ser pecado, não fizeram e a pessoa morreu.
Será que muitos que criam as regras ou as obedecem, sabem da sua finalidade? Como já dito, elas foram criadas para organizar nossa sociedade, ajudando as pessoas em suas necessidades, no uso de recursos, na orientação das ações de todos e coisas semelhantes. Alguns procuram não se ater a tudo isso para a própria vida ficar mais fácil de manejar ou por conta de conceitos ultrapassados que ainda acreditam, se prendendo ao passado. Em certos casos, pensa-se: "Enquanto isto não me afetar, não tenho com o que me preocupar!" ou "Nunca vi isso!".
Quando obedecemos regras, devemos nos concentrar na sua finalidade para que possamos abrir exceções. Claro que tais ações exigem cuidado. Digamos que você trabalha em um banco, a pessoa traz o documento do pai dela, o cartão de aposentadoria do mesmo e a senha para tirar algum dinheiro que tá na conta. O atendente conhece a pessoa de longa data e também conhece seu pai, entre outros membros da família. Por regra do estabelecimento, o saque não pode ser feito por conta de uma procuração que tem que ser feita ou o dono da conta tem que vir em pessoa. Nesse caso, independente do regulamento, penso eu, pode-se desobedecê-lo sem problema, pois, fora isto, nenhuma outra irregularidade está sendo cometida e ninguém está sendo prejudicado, pelo contrário, está sendo facilitada a vida de um usuário. Não concorda?
Assim, devemos obedecer as regras e leis que nos regem, mas, é nosso dever também ficar atento à sua finalidade para ver se a obediência rígida a ela não nos está desviando do seu propósito, para fazermos ações adaptativas que corrijam tal desvio.
Assim, devemos obedecer as regras e leis que nos regem, mas, é nosso dever também ficar atento à sua finalidade para ver se a obediência rígida a ela não nos está desviando do seu propósito, para fazermos ações adaptativas que corrijam tal desvio.
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