sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

Antropocentrismo

    "Antropo" quer dizer "homem" e "centrismo" refere-se a algo que está no "centro", assim, "antropocentrismo" é o "homem no centro", do quê? De tudo, sendo visto como superior a todas as outras coisas na Terra e Universo.
     Acredito que essa crença ou doutrina tenha surgido na idade antiga, alguns séculos depois da formação das primeiras cidades e alcançou seu apogeu na Idade Média durante a chamada Idade das Trevas. Com o avançar da ciência ficou mais restringida, mas como levou séculos para se formar, não desaparecerá assim tão rápido.
      Como sendo o centro do universo, o homem não se acha um animal como um bode e uma cobra é e, quando morrer, acredita que tem que ir para algum lugar, pois o conceito de alma ou espírito ainda está enraizado nessa doutrina.
      Veja, a grande maioria dos animais, assim como a gente, têm sangue, têm um coração que bombeia os vasos sanguíneos, morrem, comem, bebem água, respiram oxigênio, são feitos de células, átomos e moléculas. É uma lista extensa de características comuns entre eles e a gente. Cada ser vivo guarda sua peculiaridade, mas na essência somos absurdamente parecidos, então como podemos nos achar superior?
     A crença em espírito vem do tempo que o povo era supersticioso ou muito religioso. Quando queriam explicar como o nosso corpo conseguia se mexer, alguém sugeriu essa explicação, que é fácil de entender, e acabou vigorando, mesmo quando informações científicas apareceram.
    O antropocentrismo é uma herança do nosso passado que nos faz ver o mundo de forma preconceituosa, gerando conflitos ideológicos e limitando nossa criatividade. Sem ela, nossa sociedade avançaria mais rápido e harmoniosamente no que diz respeito a conhecimento, tecnologia, economia e organização social, pode ter certeza.
     Exemplificando: por acharmo-nos superior à natureza, destruímos uma floresta sem hesitar para construir casas ou edifícios. Com isso, muitos animais têm seu habitat natural destruído e precisam se mudar. Após algum tempo pode ocorrer uma estiagem nunca antes conhecida na região por conta do sumiço das árvores que regularizavam as chuvas naquele espaço.
      Devemos esquecer essa crença e demonstrar nossa humildade plena nos pondo no nosso devido lugar. Somos animais racionais com capacidade de pensar e criar, mas ainda somos animais.      

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

O seu lugar no mundo

     Uma vez minha mãe me contou uma história de uma pessoa que tinha ido para uma cidade de São Paulo para ter uma vida um pouco melhor. Pelejou por cinco anos, mas sempre que evoluía um pouquinho, seus "amigos" e próximos atrapalhavam com falsos boatos e isso o fazia regredir. Resolveu então ir para Fortaleza onde em cerca de 1 ano, melhorou bastante: já tinha conseguido um carro, uma casa e os negócios íam muito bem.
     Essa história fica na minha cabeça o tempo todo. Ela passa a ideia de que se você está em um lugar tentando alcançar um objetivo e não o consegue, talvez seja hora de você se deslocar. É como se não fosse seu ambiente, já que deve ter pessoas ou outras coisas que te afastam das suas metas.
   Todos nós que conseguimos nascer e sobreviver a doenças, tragédias e outras mazelas da humanidade, temos nosso lugar nesse mundo, é um direito nosso. Agora, onde ele fica, é nós que devemos descobrir, ou seja, se onde nascemos e moramos não nos dá o que queremos, nos causa infelicidade, talvez devemos "pegar o beco" e conhecer outros lugares que possam realizar nossos desejos e nos trazer alegria.
     Assim, se você toma atitudes na certeza de te levar onde queres, mas não consegues, sabe o que deves fazer? Investigar! Isso! Ficar atento se há alguém levantando falso testemunho ao seu respeito ou ao que você faz. Se detectar tal coisa, tu podes tirar satisfação com ela e pedir para parar com isso, o que geraria atritos e até brigas, ou ainda se esforçar para conquistar a confiança das pessoas ao seu redor de modo que nenhum comentário negativo chegue a te afetar. Crie uma boa imagem.
     Veja que sempre eu falo "talvez" quando se trata de mudar de lugar. Isto porque o problema das coisas não darem certo pode estar em você também, já que não és um ser perfeito. Assim, antes de decidir realmente em mudar de lugar, por favor, analise se não está fazendo ou pensando algo que "empaca" seu desenvolvimento, pois deslocar-se impulsivamente, pode lhe fazer passar direto pelo seu real lugar e assim perder pessoas e momentos incríveis em sua vida.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A teoria indica possibilidades, mas só a prática dá a verdade!

     Teoria corresponde ao que se sabe depois de ter lido sobre ou imaginar-se depois que se tem algumas informações obtidas das mais variadas formas. Mas tudo isso ainda é só abstrato, não passa de mera previsão. 
    Já a prática, corresponde a experimentação da teoria. Da comprovação da previsão. Ela demanda mais esforço, maior gasto de energia e tempo, mas é fundamental para agregar um conhecimento mais sólido e verdadeiro e a geração de novas informações. 
     Quando você está diante de uma mudança de ações ou de uma visão de mundo, costuma ter medo por conta do seu pouco ou nenhum conhecimento do espaço ao seu redor ou do que há fora dele, quando queres ir para outro lugar. Esse sentimento te faz pensar um monte de coisa que talvez nem sejam reais. É a teoria entrando em ação.
      Se você não deixar que o medo contenha suas ações, isto é, seguir em frente ante os desafios, a prática surge e descobres se o sentimento que tivera realmente era sobre algo que de fato existia. Temos aí a verificação da previsão teórica.
      A teoria deixa de existir em algum momento? Não. Ela sempre vem antes da prática e por mais que uses esta, novas teorias surgem requerendo novas práticas. É um ciclo provavelmente interminável enquanto você puder agir. Pois imagine que você queira muito algo e depois de muito esforço consegue. E aí? Acabou? Nada mais para buscar ou correr atrás? Que nada! Como dizia uma frase do filme Enrolados, "Quando um sonho acaba, outro toma o seu lugar!". Tem que ser assim enquanto tivermos vivos. Este ciclo dá significado ao ato de viver nos dando o que fazer.
      Esse processo todo é feito há séculos pela humanidade, foi ele que nos trouxe até aqui. Gerou e gera muita informação que usamos para melhorar nossa civilização. Por mais medo que possa acarretar, assim como sofrimento que pode promover, praticar o que se imagina é fundamental para amadurecer, para aumentar nosso conhecimento e procurar o melhor para nós e aqueles que nos acompanham. Cada um fazendo isso, faz nossa sociedade melhorar mais e mais.


    

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Se quer deixar alguém feliz, dê algo que ela queira

     As pessoas têm amigos e familiares, gente que gosta de verdade e as faz feliz só por existirem. Tentam retribuir a felicidade sentida com presentes e eventos que as tornem felizes também. Mas será que o objetivo pretendido está realmente sendo alcançado?
     Raciocina comigo. Se você quer muito alguma coisa, se a conseguir, você se alegra, certo? Ainda mais quando é algo difícil! Isso vale para todo mundo! Então, se quer deixar outra pessoa contente, tem que dar o que ela deseja, mas como saber o que ela quer? Será que tem como?
     Isso, em parte, depende de você. Caso conheça bem o seu amigo ou familiar, saiba das coisas que ele gosta, o que curte, o que pensa; tu já tens boas pistas de onde pode investir. Este conhecimento é obtido na convivência diária com os entes queridos e na atenção às suas ações.
     Mas também depende daquele que se quer alegrar. Pois nem todo mundo externa facilmente seus pensamentos e desejos com medo de serem ridicularizados, por traumas psicológicos ou outros motivos. São casos raros, mas existem e nestas situações é realmente difícil agradá-los.
      Interessante que há pessoas que se alegram, ao meu ver, com pouca coisa, tipo: em uma festa de aniversário, ela não liga muito para o bolo, comes e bebes, decoração e  as roupas dos convidados, ela liga para todos que estão ali, deixaram aquele evento como prioridade na vida delas, deixando de fazer coisas que são importantes para elas, para passarem alguns minutos com o aniversariante. E isto é visto como muito importante pela pessoa.
     Então, por mais que você faça ou dê algo a alguém e ela sorria, talvez ela esteja fazendo isso por  simples educação para não te frustrar depois de todo o seu esforço. Ou seja, seu objetivo era alegrá-lo, mas quem acabou ficando foi você. Você só deve se preocupar com isso, caso realmente seja o que você quer.


terça-feira, 22 de novembro de 2016

Não desista dos grandes objetivos assim tão fácil

     Há pessoas que às vezes pensam em objetivos grandes como se tornar um profissional conhecido internacionalmente, resolver um problema dificílimo em alguma área específica ou adquirir um conhecimento ou habilidade que ninguém tem. Porém, devido a variados motivos, desistem achando que não conseguem. Mas será que não conseguem mesmo?
   Medo, críticas, piadas, falta de conhecimento, distância geográfica, origem social, situação financeira, pouco ou nenhum auxílio, entre outros elementos, podem fazer qualquer um desistir de um grande objetivo. Eu mesmo quase desisti de fazer minha faculdade em 2009 por conta da falta de conhecimento sobre as linhas de ônibus, a faculdade ser em torno de 150km de onde eu morava e não ter uma casa para eu ficar durante o período. Graças a meu amigo Eduardo Moraes que ofereceu a casa dele para eu ficar, que tudo foi se ajeitando e deu certo.
     Quando estas dificuldades vêm todas juntas, aí sim fica difícil seguir em frente, mas, antes de desistir, analise minuciosamente sua situação, procure informações e auxílio desconhecidos por você que podem lhe ajudar enormemente. Decisões tomadas impulsivamente, têm a possibilidade de lhe fazer perder grandes oportunidades, ou seja, pode deixar de realizar seus sonhos apenas porque não se esforçou um pouquinho mais para sanar as dúvidas que tinha.
    Tu deves conhecer muitos cantores, atrizes, atores e jogadores de futebol, mas conhece o passado deles? Sabe como foi a infância deles? Vou pegar um exemplo: Silvester Stallone, o que fez Rambo. Antes de ser conhecido, ele tinha muitas dificuldades financeiras, chegou  a dormir na rua e até a passar fome enquanto escrevia o roteiro do filme Falcão - O campeão dos campeões. Depois de pronto, ele apresentou o texto para um diretor que se interessou, mas Silvester queria ser o ator principal, o que não era o desejo do outro. Depois de muito insistir, Stallone conseguiu o que queria e fez o filme, passando a ser conhecido desde então.
     Outra coisa que deve procurar reduzir é sua ansiedade. Pois, como já falei no texto "O melhor caminho", o tempo para se alcançar o seu objetivo, é diretamente proporcional ao tamanho dele. Ou seja, pode demorar muito até que consiga todos os requisitos necessários para torná-lo realidade. Vá adquirindo-os um por um e aprimorando-os que quando menos esperar, já o terá alcançado.
    Então, antes de pensar em desistir dos seus objetivos, seja ele fácil ou difícil, analise com cuidado se não tem como derrubar os empecilhos para sua realização. Talvez com poucas ações consiga isso e, não importa quem você seja, pode ser grande ou fazer grandes coisas como qualquer pessoa.


sexta-feira, 11 de novembro de 2016

O melhor caminho

     Todo adolescente chega a um momento que se enche de perguntas como: que caminho escolherei daqui em diante? que trabalho terei? devo fazer uma faculdade? Se sim, qual? Devo tentar uma oportunidade fora da minha cidade? Um curso final de semana pode ser bom? Ter filho agora é uma boa ideia? Entre muitas outras questões...
         Estas perguntas são importantes, pois um caminho bem definido desde já, nos ajuda a ganhar tempo e evitar desperdício de esforço e dinheiro. Conseguimos nossos objetivos em um curto espaço temporal e sem arrependimentos se comparado a agir às cegas. Mas responder essas perguntas não é uma tarefa fácil para muita gente.
       Alguém com tantas dúvidas pode resolvê-las conversando com uma pessoa adequada, mas com quem quando pertencem a famílias um tanto quanto problemáticas como pai alcoólatra, mãe sem um juízo muito certo, outros familiares e até amigos um tanto quanto pessimistas ou conservadores demais?
    Uma saída é, sempre que possível, conversar muito com gente de sucesso atentando ao que fizeram no passado e também analisar casos diversos de pessoas mais velhas prestando atenção nos resultados das escolhas delas. Com estas informações, poderá ver distintos destinos e que ações podem te levar a cada um deles. Assim, tu saberás o que fazer e não fazer dependendo de onde quer chegar.
        Acrescente ainda informações obtidas de leituras e pesquisas em jornais, livros, revistas, sites e outras fontes. Por exemplo, no caso da escolha de um emprego, não basta apenas você escolher algo que goste de fazer, tem que analisar a demanda do mercado, salário, se precisa de uma faculdade e se você encara uma. Depois de tudo isso analisado, aí sim você pode se decidir que caminho seguir, pois um desejo pode também lhe prejudicar se não for bem observado.
       Ao perseguir um objetivo, fique ligado que o tempo para alcançá-lo é diretamente proporcional ao seu tamanho, ou seja, quanto maior ele for, mais se demorará para chegar nele e talvez sua vida não dure o suficiente. Este é mais um ponto que deve se atentar na escolha do objetivo para reduzir sua ansiedade e, mesmo que ele seja de difícil obtenção, não obrigatoriamente deve pensar em desistir, pois nem tudo que se pensa, acontece de fato.
     Com nosso amadurecimento e aumento do nosso conhecimento, conhecemos uma nova realidade que pode nos forçar a mudar nossos desejos. Com esta mudança, é de se esperar uma alteração significativa em nossas aspirações que pode mudar nosso caminho. Assim, não se agarre tanto ao seu objetivo fazendo dele uma obsessão, isso evitará sofrimento futuro e o cometimento de erros graves.
       Enfim, devemos escolher um caminho para seguir, pois parado não podemos ficar. Pode não ser fácil escolher um caminho bom, mas impossível não o é. Siga em frente e atente-se sempre que for necessário mudar de rota.

segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Fé na humanidade

     Diante de tudo o que vemos no nosso cotidiano e na mídia como assaltos, corrupção, mortes, doenças e outras mazelas assolando a humanidade e sabendo que a causa disso é ela própria cometendo sempre os mesmos erros geração após geração, muitos pensam que nós nunca aprenderemos a viver corretamente. Entretanto, penso que isto está errado. Pois acredito sim que poderemos aprender a fazer o certo, apenas precisamos de tempo, o que é incerto se considerarmos a fragilidade da vida humana.
     Talvez você diga que estou errado, mas quero que analise como vivemos hoje e compare como vivíamos mil anos atrás, no que acreditávamos, como resolvíamos nossos problemas. Vou pegar um exemplo: na Idade Média ocorreu uma vez a chamada Peste Bubônica ou Peste Negra que dizimou cerca de 1/4 ou 1/3 da população européia no século XIV. Enfermos dessa época acreditavam que isso era um castigo de Deus pelos pecados que cometeram. Se açoitavam, flagelavam, entregavam seus bens para a igreja e nada resolvia, pois eles não sabiam que a peste era causada por uma bactéria oriunda de uma pulga que vivia no rato preto. Este teve uma explosão populacional pelas cidades europeias após as pessoas matarem todos os gatos que encontravam por acreditar que tinham ligação com as supostas bruxas. O conceito de microorganismo e sua relação com as doenças eram desconhecidos nessa época e só foi sendo adquirido com o tempo. 
    Tal como ocorreu com a Peste Negra, muitos de nós fazemos coisas hoje sem pensar nos resultados a longo prazo seja por desconsiderá-lo ou por falta de conhecimento. Muitas pessoas pensam que enquanto só nos beneficiarmos, não temos com o que nos preocupar. Entretanto, o benefício obtido por erro é temporário, pois com o passar do tempo, a coisa boa "puxa" coisa ruim. 
     Exemplificando: quando você é um governador e usa superfaturamento em licitações, desviando dinheiro público para o próprio benefício, de modo que reduz-se os investimentos em educação, muitos jovens têm uma péssima instrução, não conseguem arrumar um emprego digno e acabam virando ladrões que um dia roubam seu carro. Entendeu a referência?
     Aí você diz que todo este texto é inútil, pois leem, mas é como se não tivessem lido. De fato isso ocorre com a ampla maioria das pessoas, mas como exemplifiquei com a Peste Bubônica, é algo que leva tempo. Mudar uma pessoa já é difícil, mudar uma civilização inteira é ainda mais trabalhoso. Ocorre a passos lentos, só analisar nosso passado e comparar com nosso presente. Devemos nos ater que todos nós estamos no mesmo barco, moramos no mesmo planeta e pertencemos a mesma civilização. Somos interdependentes e o que afeta um, afeta todos, não obrigatoriamente de forma imediata, mas mais cedo ou mais tarde.
    Entretanto, a vida humana é delicada. Podemos morrer de 1 bilhão de maneiras diferentes e ainda inventamos novas maneiras de nos suicidarmos. Acredito que daqui a 2 mil ou 4 mil anos, podemos dar uma grande avançada na forma de agirmos, mas não tenho certeza alguma se viveremos até esse dia.


quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Não tem como ser perfeito, mas tem como atingir o máximo da própria perfeição

    O que é perfeição? Dependendo da cultura, há muitas definições possíveis e até antagônicas, mas, concentrando-se no essencial, podemos dizer que consiste em estar em um estado que se considera isento de falhas, imperfeições, erros ou qualquer coisa que não satisfaça a pessoa perfeita e a todos ao seu redor, cuja opinião ela considera e, em contrapartida, tenha outras características que gerem profunda admiração por todos. Isto pode se aplicar ao corpo em si ou as ações dela.
      Exemplificando, se por acaso você sabe cozinhar muito bem, é uma pessoa organizada, bastante educada, se veste bem, respeita e ajuda seu parceiro (a), pinta bem, toca muito bem um instrumento, entre outra ruma de características, você é considerado (a) um ser perfeito, alguém difícil de acreditar que exista.
     Não quero dizer que saber fazer tudo que eu disse anteriormente, te torna perfeito. Se você souber fazer outras coisas diferentes daquelas, tem-se o mesmo efeito e não há uma quantidade específica e limitada de habilidades para alcançar este patamar, mas quanto mais, melhor.
     Aí você pergunta: Se tivermos duas pessoas que sabem fazer as mesmas coisas muito bem, as duas têm o mesmo grau de perfeição? A minha reposta é não. Por mais que suas habilidades sejam muito parecidas, há diferenças mínimas que as diferenciam, ninguém é igual a ninguém, cada pessoa é única em suas características genéticas, psicológicas e de personalidade. Devido este detalhe, a perfeição não é a mesma.
     Ou seja, perfeição apresenta formas diferentes em pessoas distintas, assim, por mais que você se esforce para alcançar a perfeição de outra pessoa, nunca a alcançará plenamente ou até mesmo pode passar dela. É assim que funciona, pelo menos ao meu ver. Você tem que tomar como referência a si mesmo por meio de perguntas como: Até onde eu  posso ir? Será que posso aprender mais? Dou conta de compreender isso? Não ficaria melhor fazer isto de outra forma?
    Outras perguntas que você pode fazer são: Para quê eu vou querer saber fazer um monte de coisas? O que ganho sendo perfeito? Bem, é apenas um caminho a seguir, um objetivo que algumas pessoas escolhem. Semelhante a ler um romance para se entreter, as pessoas podem escolhê-lo apenas como algo para fazer e ocupar seu tempo por pura diversão ou projeto de vida pessoal.
     Portanto, não existe a perfeição absoluta, existe a sua perfeição que só você pode alcançá-la com muito esforço, dedicação e aprimoramento.

 
     

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

Quem faz bem na primeira, faz melhor na segunda

    Não, não me refiro na segunda-feira, me refiro na segunda vez. Todos aqueles que fazem projetos e coisas semelhantes, quando o fazem pela primeira vez e olham o resultado, acredito que muitos pensam: "Podia ser melhor!" ou "Podia ter feito isso de outra maneira e teria conseguido um resultado ainda melhor!". Muita gente dedicada deve pensar assim, Leonardo da Vinci que o diga.
     Há quem se decepcione com o resultado que pode sair um pouco mal feito por conta de não ter se concentrado o suficiente e se sinta desestimulado a tentar de novo, porém, numa segunda execução, os erros percebidos são evitados e as novas ideias que se teve quando fez pela primeira vez, são agora aplicadas. Com isso tudo, o resultado fica ainda melhor do que antes, pode ter certeza.
     Tal processo pode ser chamado de aperfeiçoamento. Existe outra maneira de aperfeiçoar? Se sim, desconheço, pois, como diz o ditado, "a prática leva a perfeição" e, a cada novo projeto, melhora-se cada vez mais, às vezes a passos curtos e em outras vezes a passos largos, mas sempre avançando. Sem perceber, fará coisas que no passado nunca imaginaria que conseguiria fazer, isto por que, o que separa sua inabilidade de hoje da sua grande habilidade no futuro, é só muita prática. 
     Mas aí você diz: Não tem algumas pessoas que nascem com grande habilidade para pintura, música e até esporte? Sim, tem. E quantas você conhece? Umas 10 mil? São exceções. Pessoas que por sorte genética ou alguma anomalia, herdaram alguma grande habilidade. A grande maioria das pessoas, vai ter que ralar mesmo para ter um grande resultado em algum projeto importante e quanto mais complexo ele for, mais tempo e dedicação serão exigidos da pessoa.
      E mais uma coisa: quando ver alguém fazendo coisas do mesmo tipo que você, porém, bem melhor e até mesmo insinuando que sua pessoa nunca fará melhor do que ela, não se desestimule, pois ela só consegue fazer melhor do que você porque ela começou a praticar bem antes, e assim, ela já passou por todo um processo que você ainda passará, isso se não desistir de seguir em frente, é claro, e caso tu possua mais rapidez para aprender, tempo e recursos do que ela, a alcançará logo e até mesmo pode ultrapassá-la. Quem vai determinar isso é sua vontade e esforço.
      Assim, persista, siga em frente com dedicação que a cada passo que der, ficará melhor do que antes, pode ter certeza. Com esforço, o seu EU de amanhã, será melhor do que o de hoje. 


domingo, 2 de outubro de 2016

Quem obedece à risca as regras, esquece o motivo delas terem sido criadas

   Desde os tempos antigos, as regras foram surgindo para organizar nossa sociedade e trazer estabilidade a mesma. Elas se modificam com o tempo por conta da mudança de alguns conceitos usados para criá-las, mas sempre estão lá. Pessoas que as obedecem, como policiais, civis e militares, por exemplo, às vezes a seguem tão à risca que sem perceber, acabam se desviando da sua finalidade, ou seja, ao invés de beneficiar as pessoas, estão prejudicando-as.
     Vou exemplificar para ficar mais fácil entender: suponha que uma pessoa esteja doente e usar  um tipo de droga como a maconha poderia fazê-la suportar por mais tempo até que descobrissem um jeito de curar a doença dela, porém, pela lei do país onde ela se localiza, uso de drogas é ilícito e pode dar cadeia. E aí, obedecer a regra à risca e deixá-la definhar ou desobedecê-la e tentar salvá-la? Outra situação envolve religião: vi uma notícia uma vez de uma família evangélica fundamentalista, um dos seus membros estava doente e a transfusão de sangue poderia amenizar os efeitos da doença, porém, pelas regras da religião deles, tal processo não poderia ser realizado por ser pecado, não fizeram e a pessoa morreu.
     Será que muitos que criam as regras ou as obedecem, sabem da sua finalidade? Como já dito, elas foram criadas para organizar nossa sociedade, ajudando as pessoas em suas necessidades, no uso de recursos, na orientação das ações de todos e coisas semelhantes. Alguns procuram não se ater a  tudo isso para a própria vida ficar mais fácil de manejar ou por conta de conceitos ultrapassados que ainda acreditam, se prendendo ao passado. Em certos casos, pensa-se: "Enquanto isto não me afetar, não tenho com o que me preocupar!" ou "Nunca vi isso!".
     Quando obedecemos regras, devemos nos concentrar na sua finalidade para que possamos abrir exceções. Claro que tais ações exigem cuidado. Digamos que você trabalha em um banco, a pessoa traz o documento do pai dela, o cartão de aposentadoria  do mesmo e a senha para tirar algum dinheiro que tá na conta. O atendente conhece a pessoa de longa data e também conhece seu pai, entre outros membros da família. Por regra do estabelecimento, o saque não pode ser feito por conta de uma procuração que tem que ser feita ou o dono da conta tem que vir em pessoa. Nesse caso, independente do regulamento, penso eu, pode-se desobedecê-lo sem problema, pois, fora isto, nenhuma outra irregularidade está sendo cometida e ninguém está sendo prejudicado, pelo contrário, está sendo facilitada a vida de um usuário. Não concorda?
     Assim, devemos obedecer as regras e leis que nos regem, mas, é nosso dever também ficar atento à sua finalidade para ver se a obediência rígida a ela não nos está desviando do seu propósito, para fazermos ações adaptativas que corrijam tal desvio.

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Dois Senhores

   Todas as pessoas encerram dentro de si dois Senhores que as governam. Um deles é o EMOCIONAL que vai pelo que sente, pela intuição, confiando que tudo vai dar certo. O outro Senhor é o RACIONAL, que analisa as informações, pondera e depois toma a decisão para em seguida vir a atitude. Este, nos dá mais conforto e tranquilidade, mas o EMOCIONAL dá um "gostinho" único à vida, por isso não podemos ficar sem os dois, mas também não devemos deixar um sobrepujar o outro.
     O EMOCIONAL aborda atitudes baseadas em sentimentos como raiva, dor, amor, paixão, prazer e outros. O sentimento é uma coisa natural de todo ser vivo, pois todos o sentem. Biologicamente falando, ocorre após uma injeção intensa de um hormônio específico na corrente sanguínea que quando se espalha por todo o corpo, atrapalha o raciocínio lógico do mundo à nossa volta. Nesse estado, nosso lado impulsivo se torna forte e de acordo com o sentimento sentido, nosso cérebro nos estimula a tomar atitudes pré-programadas em nossa mente em questão de segundos. O tipo de atitude vai depender da nossa experiência de vida, da nossa visão de mundo, religião, desejos internos que talvez até nós desconheçamos, entre outros fatores.
     Já o RACIONAL, até pode ter algum hormônio envolvido na corrente sanguínea, mas em menor intensidade. Nele a pessoa pensa de forma "fria", seu lado impulsivo está fraco e ela é mais introspectiva. Com ela, a pessoa pega as informações que teve acesso; analisa os prós e contras, usando a Técnica da Balança, por exemplo; vê se não falta nenhum dado importante; caso já esteja com todas as informações, estima o que provavelmente pode acontecer se tomar certas atitudes (as consequências que pode gerar); destas, quais está disposta a arcar e, depois de tudo isso, decide qual decisão finalmente vai tomar. Demanda um processo que pode demorar de alguns minutos até dias, dependendo da decisão.
      Ambos têm suas vantagens e desvantagens. Vejamos:

     EMOCIONAL:
   
     Vantagens:   
  • Nos faz sentir fortes emoções;
  • Torna alguns momentos inesquecíveis;
  • Age rapidamente;
  • Fortalece nossos laços com outras pessoas;
  • Tem o poder de aumentar nossas capacidades;
     Desvantagens:
  • A turbulência de sentimentos pode nos fazer tomar a atitude errada;
  • Pode nos fazer acumular muitos erros;
  • Pode nos prejudicar a longo prazo;    
  • Às vezes nos faz imaginar coisas irreais;

     RACIONAL:

     Vantagens:
  • Se preocupa com o nosso futuro;
  • Vê o mundo à nossa volta de forma mais real;
  • Reduz as chances de tomarmos atitudes erradas;
  • Reduz o acúmulo de erros;
  • Reduz as chances de sofrermos;
      Desvantagens:
  • Pode demorar mais para agir;
  • Torna o mundo à nossa volta um pouco mais sem graça;
  • Temos menos momentos inesquecíveis para lembrar;
  • Por nos fazer errar menos, reduz a taxa de aprendizado prático;

    Como podemos observar, ao usar somente um deles, perdemos as vantagens do outro e, também, as vantagens de um atenuam as desvantagens do outro. Portanto, o certo é usar os dois de forma dosada, calibrada. Isto exigirá autoconhecimento e controle dos seus pensamentos, sentimentos e atitudes. Não é fácil ter controle sobre coisas abstratas como essas, mas temos que nos esforçar em nome da nossa felicidade e de todos aqueles que nos rodeiam.
    Fazendo isso, ao meu ver, viverá sabiamente e ao mesmo tempo de forma prazerosa.

     
     
     

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Técnica da Balança

     Antes de mais nada, esta técnica não é nova, é apenas uma remodelagem de outra que vi no seriado Dois Homens e Meio, uma de duas listas que o irmão de Charlie sempre fazia quando ele ou alguém precisava tomar uma decisão difícil. E provavelmente esta deve ser muito usada por psicólogos, pediatras e outros profissionais, não sei!
     Enfim, a técnica da balança é usada sempre que tem-se que tomar uma decisão sobre algo importante e se está na dúvida. 
      Consiste em imaginar uma balança de dois pratos, um prato é do CONTRA, é onde se deve colocar tudo que indica que não deve fazer o que esta decisão pede; o outro prato é do PRÓ, é onde se deve colocar tudo que indica que deve fazer o que a decisão pede. Depois que não achar mais nada para colocar nos pratos, veja qual lado tem mais itens, o que tiver mais ganha e assim você decide pelo lado vencedor. Vou exemplificar uma situação que ocorreu comigo e usei o princípio da balança.
         Após a faculdade, fui estagiar em uma empresa que ficava a 20km da minha casa, no meio dos matos.  Para ir para lá, eu ía de carona com outro funcionário, mas isso começou a me incomodar, pois às vezes eu tinha que sair mais tarde ou ir mais tarde e desse jeito não dava certo. Então pensei em comprar uma moto, porém fiquei na dúvida se era o certo a fazer mesmo, então apliquei a balança.
        Observando a figura acima fica fácil entender, né? Como o lado do PRÓ pesou mais, obviamente eu comprei a moto e de fato isso foi muito bom para mim, pois quando quis fazer concursos em cidades vizinhas, tive transporte próprio para isso, resolver coisas da minha mãe em outras cidades também ficou fácil e a falta de prática que havia no prato do CONTRA da balança, sumiu depois, pois aos poucos fui ganhando habilidade, até pilotei motos da empresa em plena BR sem muitos problemas.
           Então, pessoal, deixo esta técnica para ajudar vocês nos seus momentos de dúvida e assim como me ajudou, provavelmente poderá ajudar vocês também. Boas decisões a todos.

sexta-feira, 29 de abril de 2016

Amigo de verdade

     Cada um deve ter sua própria definição de amigo de verdade. Uns dizem que é aquele que paga seu almoço, outros que é aquele que lhe dá carona e tem ainda quem pensa que é aquele que faz o seu dever de casa.
      Diante das minhas observações, para mim, amigo de verdade não é nada disso que mencionei, ele pode até fazer essas coisas, mas tais ações não o definem como um amigo de verdade, pois este é aquele que mesmo que você seja feio, pobre, chato, briguento, maltrapilho, baixinho, entre outras características que pouquíssima gente adora, ele vai sempre estar perto de você querendo conversar, te abraçar ou beijar. Para gostar de alguém em um momento tão desagradável, tem que ser amigo mesmo. 
     Outra característica importante que um amigo de verdade tem, é sempre estar contigo nas horas difíceis, isto é, quando você está precisando de ajuda, pode ser o que for, se ele puder lhe ajudar, lhe ajuda, seja com um conselho, com um abraço, um beijo ou uma informação útil.
     Quando encontrar este tipo de pessoa, procure preservá-la o tanto quanto possível na sua vida, pois sempre que passamos por momentos de dificuldades, podemos pensar em desistir dos nossos sonhos ou até mesmo de viver, e estas pessoas nos dão forças para acreditarmos que temos capacidade, que ainda temos chance, que é só tentarmos de novo e de novo que uma hora conseguiremos o que queremos, que temos o direito de sermos felizes e assim temos o nosso lugar nesse mundo, que temos apenas que pensar melhor, organizar nossas ações que tudo se resolve. Tudo isso elas fazem com a gente nos nossos momentos de crises que são passageiros. 
(Fonte da imagem: <http://saojoaobosco.com.br/as-tres-fases-para-formacao-da-amizade.html> acesso em 26 abr.2016)

terça-feira, 29 de março de 2016

O que é realidade?

      O que é realidade para você? O que você está vendo agora de forma sóbria? Sem efeito de drogas ou remédios? Mas o que garante que o que você está vendo, está mesmo na sua frente do jeito que você está vendo? Aí você me diz, se as pessoas ao meu lado estão vendo o que estou vendo do mesmo jeito que estou vendo, então é real! Sim, você está adotando outros seres humanos, mas e animais? Eles vêm como a gente? Tubarões brancos enxergam igual a gente, cores e formatos. Gatos enxergam formatos como a gente, mas só enxergam preto e branco. Cobras só enxergam coisas através do calor que emitem, semelhantemente a uma câmera térmica. Tubarões martelo enxergam o mundo à sua volta através de sinais elétricos, difícil imaginar como é o mundo para eles. Aí eu pergunto: qual destas criaturas está vendo a realidade? Talvez você fique tendencioso a responder que é o homem. 
      Porém, o homem é um ser vivo assim como vários outros. Tem sangue, coração, cérebro, olhos, pele, come, respira, caga, mija e morre como muitos outros seres vivos. Claro que cada um à sua maneira, mas na essência todos o fazem.
       Até mesmo entre humanos ocorre diferenças entre o que cada um vê. O vermelho que eu enxergo não é o mesmo vermelho que tu enxergas. Nossos olhos, ou melhor, os bastonetes e cones que hão em nossa retina, apresentam ligeiras diferenças estruturais que causam diferenças ínfimas nas cores que vemos. Me refiro a intensidade da cor. E mais, dada a experiência de vida, cultura, religião, sexo e quantidade de conhecimento que cada pessoa tem, um mesmo objeto visto, somado a tais variáveis, passa a ter um significado diferente, o que gera uma realidade diferente. Por exemplo: quando você olha um carro, lhe vem a mente a palavra utilidade, conforto, redução de tempo no transporte, facilidade ao fazer compras ou uma viagem; já outra pessoa, olhando para o mesmo carro, pode pensar em azaração, pega mulher, ir para um monte de festa e etc; já outra pessoa pode pensar em trânsito, stress, poluição que o carro provoca, enfim, algo que só traria aborrecimentos. Cada situação dessa é uma realidade ligeiramente diferente uma da outra por conta do significado de cada objeto para cada pessoa.
    Como podemos ver, por conta de diferentes variáveis envolvidas, a realidade de cada pessoa, apresenta pequenas diferenças e entre animais as diferenças podem se acentuar. Em todos eles, o mundo que se enxerga, é feito de informação de segunda mão: os estímulos físicos à nossa volta, estimulam nossos sentidos (principalmente os olhos, naqueles que os têm), que geram sinais eletroquímicos que viajam pelos nervos até o cérebro onde é processado com informações antigas e gera a realidade que vemos ou  imaginamos, ou seja, o mundo que pensamos ser real, só existe dentro da nossa cabeça.
     Não tô dizendo que  quando você olha para uma cadeira, ela não está lá, pois ela está lá. O que estou dizendo é que não há garantia que ela seja do jeito que está vendo, com a cor, formato e a distância que está vendo. Mas aí você diz: se eu a ver com certa altura e tentar sentar nela considerando a altura que estou vendo, eu consigo sentar sem problema. O que é verdade. Mesmo a realidade não sendo igual para todo mundo, o que vemos permite que possamos interagir com o mundo a nossa volta sem esbarrar nas coisas e sem cometer erros perceptíveis.
     De fato, mesmo o mundo visto existindo apenas dentro da nossa cabeça, conseguimos viver nele tranquilamente. Então tudo isso que eu falei é conversa inútil? Não. É só uma proposta para refletirmos que mesmo que tudo esteja tranquilo, ele não é verdade, não é real, é só para te conscientizar do que acontece à sua volta para não se iludir.

 











(Pintura de Oleg Shuplyak)

segunda-feira, 14 de março de 2016

Ciclo da fênix

     Fênix é um pássaro mitológico que ao ser queimado renasce das cinzas ainda mais vigoroso. Sempre repete este processo quando percebe que está perto de morrer.
       Assim como a fênix, nós humanos também realizamos este processo de tempos em tempos, isto é, nascemos e morremos várias vezes. É apenas uma maneira de interpretar, vamos lá!
       Quando você vence um desafio, aprende uma coisa nova ou passa a entender algo de uma forma diferente, você acabou de morrer e nascer de novo. Como? Aquele seu EU que não sabia deste conhecimento novo, que não tinha capacidade de vencer o desafio ou entendia as coisas de uma forma diferente, acabou de MORRER e acabou  de NASCER aquele seu EU com mais capacidade, com um novo conhecimento e que passa a compreender algo de uma forma totalmente nova, morreu e nasceu, como a fênix.
        Talvez você pense que não seja assim, mas lembre do momento em que venceu um desafio, por exemplo, lembre como era você antes de vencer o desafio, como se sentia, como os outros te olhavam, como era o mundo a sua volta. Agora compare com a situação após o desafio, como se sentiu, como os outros passaram a te olhar, como o mundo lhe passou a parecer. É disso que tô falando!
         Mesmo que não percebamos, passamos por esse ciclo diversas vezes ao longo da nossa vida, só lembrar das situações que se encaixam perfeitamente com o que é necessário para "matar" seu EU antigo. O nosso amadurecimento ocorre usando isso, nos fazendo viver mais sabiamente, com menos sofrimento e com maior destreza. Então, está a fim de morrer de novo?

quinta-feira, 10 de março de 2016

Opostos lado a lado

      Tudo que é vivo, um dia morre, tudo que tem alegria, tem seus momentos de tristeza e tudo que tem luz também tem escuridão, mesmo que não aparente. Para onde você olhar, não estando dentro do que observa, verá que todas as coisas, vivas ou não, possuem elementos opostos que ocorrem em momentos diferentes. 
      Muitas pessoas têm o hábito de apenas enxergar ou procurar enxergar a parte boa da vida ou realidade desconsiderando a parte ruim, como se pudesse separá-la como gado. Porém, a coisa boa que tanto gostamos precisa da ruim, pois uma defina a outra, uma existencializa a outra de uma forma que a ausência de uma, confunde o conceito da outra. Por exemplo, alegria, o que é alegria? Sorrir, estar bem, não ter sentimentos e pensamentos ruins. Opa! Já falei em coisa ruim, né? E mais! Se tem quem sorri, tem quem não sorri, se tem quem não sorri, provavelmente tem quem chora, quem berra e sofre. Para conhecer o que você deve buscar, tu deves saber do que deve se afastar.
            Uma vez, meu tio e padrinho Tarcísio falou que, geralmente, pobre que ficou rico, não tem medo de ficar pobre de novo, pois já sabe como é a pobreza. Já uma pessoa que já nasceu na riqueza, tem esse medo, pois não sabe o que é pobreza! Devemos aceitar, conhecer, sentir um pouco os dois lados da moeda de tudo que existe, não digo que você deve sempre ficar triste ou sempre sentir dor, enfim, sempre se expor a coisas ruins. Digo que quando sentí-las, não pense que é o fim do mundo. Procure aprender com o momento de dificuldade, o que te trouxe a ele? O que tu pode fazer para sair dele? Essas reflexões lhe passarão um novo aprendizado, pois quando você faz as coisas do jeito certo, tu nem analisa calmamente o que fez, mas quando erra, sim. O erro é um momento de aprendizado!
        Temos que aceitar que a natureza é assim, não me refiro a natureza humana! Caso contrário, entraremos em meros conflitos conceituais que podem nos fazer sofrer desnecessariamente por nossa própria causa. E sofrer não costuma ser uma coisa boa, né?