sábado, 20 de julho de 2019

O poder da vontade

     Algum tempo atrás, ouvi a história de um homem aparentemente conhecedor de física quântica. Ele falava dum experimento que fez. Pegou água da torneira e colocou dentro de 3 garrafas iguais. Com uma delas, separadamente das outras, manifestou um monte de sentimentos negativos falando palavrões, desejando mal a alguém e etc. Pegou outra garrafa e, isoladamente, externou sentimentos positivos com elogios, querendo o bem a alguém, entre outras ações semelhantes. A última garrafa não fez nada. Colocou as 3 no congelador. Depois de congeladas, tirou-as e cortou-as no meio. Analisou em um microscópio como estava sua estrutura interna, procurando alguma diferença entre elas. Aquela que não fez nada, apresentava boa rede cristalina, a da energia negativa, estava com uma organização bagunçada, desorganizada; já a das boas energias, tinha estrutura ainda mais organizada se comparada à primeira garrafa.
    Ele não explicou o porquê da diferença. Pode até ser mentira ou engano por parte dele. Entretanto, eu penso isso ser parecido com o que acontece no espiritismo, candomblé, vodu e religiões cristãs, e é frequentemente atribuído a espíritos, santos, Deus ou deuses, milagres e demônios. Para mim, de fato essas coisas acontecem, mas as causas são outras.
      Outro exemplo é o famoso efeito placebo. Alguém muito doente ingere uma pílula de farinha de mandioca sem saber disto, mas o médico diz ser um remédio que vai curá-lo. Somente acreditar na cura pelo medicamento, intensificando a vontade de curar-se, às vezes faz a pessoa ficar curada. O que explica isso?
     Sensações como alegria, raiva, amor, sede, sono, dor, desejos e tristeza, decorrem de reações químicas. Stress ocorre com alta concentração do hormônio cortisol no sangue, gerando aceleração do batimento cardíaco. A alegria é causada pelo efeito dos hormônios dopamina, endorfina e serotonina no corpo.  Sim, e daí?
     Não somos isolados do meio externo. Tudo está tocando a gente. O ar que respiramos e está no nosso interior ainda está em contato com a atmosfera externa, assim como a umidade dela. Dessa forma, nossas reações químicas internas tocam o ambiente externo, então se nossas vontades, sentimentos e desejos ocorrem dentro da gente, será que eles não influenciam as reações químicas externas ao nosso corpo usando alguma energia ou toque devido estarem tão próximos?
Imagem: Wesley Almeida/cancaonova.com
    Está bem, mas mesmo que isso tenha alguma lógica, como pode uma simples reaçãozinha da minha vontade de querer chegar logo em casa, fazer o meu ônibus parar na parada imediatamente quando eu piso lá, por exemplo? Como ela pode afetar o motorista para acelerar mais, os passageiros que sobem nos pontos, não demorarem, ter poucas pessoas esperando nos pontos antes de chegar até mim, o semáforo abrir logo, para o ônibus não demorar demais nos sinais, inexistir trânsito intenso, entre outras tantas variáveis? Como pode isso? Será que não é mera coincidência o ônibus chegar no momento que eu chego? Pode ser uma simples coincidência de eventos, mas não descarto a possibilidade da vontade ter influenciado, pois, mesmo sendo reaçãozinha pequena, na química vemos moléculas minúsculas ou uma reação simples desecandear outras reações que desencandeiam outras e assim sucessivamente num efeito dominó, como se fosse uma bola de neve sempre aumentando. Dessa forma, devido nossas reações químicas internas estarem em contato com as reações químicas externas, elas podem produzir sim esse efeito em cadeia. Você desejando intensamente a chegada do ônibus, estando longe dele, inicia uma reação que influencia as reações químicas controladoras das variáveis promotoras do seu desejo e as empurram para te satisfazer. Não sei explicar como isso acontece em detalhes, mas creio que seja por essas reações.
    Deixo claro ser tudo isso é uma mera hipótese. Nunca foi provado ser verdade, pelo menos não por enquanto. Mas até provarem, recomendo acreditarem no poder da vontade. Testem, prestem atenção e vejam se isso não é realidade, depois me digam o que acham.  

sábado, 1 de junho de 2019

Universo oculto

Imagem: salãodocarro.com
      Quantas palavras está vendo na imagem acima? Só uma? Qual? ESCOLAR? Tem essa palavra mesmo, mas não somente ela. O que há mais? Existe ES (sigla do Espírito Santo, estado do Brasil), ESC (tecla do teclado de computador), SC (sigla de Santa Catarina, outro estado brasileiro), CO (sigla do elemento químico cobalto na tabela periódica) , COLA, COLAR, LA (sigla para Los Angeles, estado dos EUA e também do Lantânio, um metal), LAR e AR. Ou seja, 9 palavras. Descobriríamos mais se não considerássemos a questão do acento gráfico e reorganizássemos as letras. Isto ocorre em muitas outras palavras também. Mas qual a importância disso na sua vida?
      Da mesma forma que fizemos na palavra, podemos fazer isto em qualquer coisa do nosso mundo. Ainda não entendeu? Exemplificando: suponhamos sofrer um acidente de moto, impossilitando ir trabalhar. Ficará de licença, se ausentará do serviço por uns dias, porém poderá ficar em casa, passar o período com a família, relaxar um pouco, apesar do desconforto e possíveis dores. Outro exemplo é quando ocorre apagão à noite e fica tudo escuro. Poderá ir para a cama, ficar à luz de velas com os amigos ou namorado, se a casa tiver um terreno, podem acender uma fogueira e jogar conversa fora, assar milho, machimelo, fazer churrasco. O leite azedou? Faz-se coalhada. Não tem pipoca? Faça uma farinha com açúcar, macaxera, batata doce com suquinho ou café. A caneta secou? Usa lápis, lapiseira, giz. Enfim, tudo dá para ser resolvido olhando com atenção.
         Devemos ampliar nosso campo de visão. Se esforçar em ver o que está oculto bem ali à nossa frente. Com isso, conseguimos mais opções ou ferramentas para resolver nossos problemas diários e até conhecemos novas formas de fazer as coisas, vivê-las, melhorá-las, torná-las mais eficientes, eficazes e efetivas. Faça isso em nome da sua qualidade de vida, seu bem estar e sucesso profissional ou acadêmico.

domingo, 26 de maio de 2019

Política da foto

      Política da foto, também conhecida popularmente como hipocrisia, corresponde a um conjunto de atos da pessoa que quer passar aparência positiva para o público, mas atrás das câmeras, frequentemente, ela é outra. 
     É algo antigo na civilização humana. Pode-se dizer que surgiu quando se formaram grandes grupos humanos em torno de tribos, cidades ou vilas. Na sua essência, era usada como forma de controle e manipulação, coisa que não mudou, pois quando determinadas pessoas passam boas aparências para as demais, elas são vistas com credibilidade positiva e assim, intencionalmente ou não, podem influenciar muita gente.
      Exemplos temos dos mais diversos ao longo da história. Vamos a alguns! Entre as várias versões criadas da bíblia, uma delas foi criada  pelo Imperador romano Constatino por volta do século 4 na Ásia Ocidental, usando vários textos espalhados pela sociedade. Ele, junto com sua equipe, decidiram não incluir nada que passasse a ideia de um Jesus "humano", pois dando-lhe aspecto divino, poderia controlar os cristãos em expansão no Império Romano. Outro exemplo é a maquiagem usada durante a Idade Média para esconder imperfeições e sujeiras dos rostos dos nobres, pois o povo raramente tomava banho naquela época, então era natural estarem sujos, com feridas e coisas do tipo, além do mau cheiro, é claro! E hoje em dia temos muitos empresários, sacerdotes, jogadores, artistas dos variados segmentos que em diversos veículos de comunicação aparecem com boas roupas, comportadinhos, sorrindo, fazendo seus trabalhos por aí, falando frases "descoladas", dando bons conselhos e tal, aparentando ser uma boa pessoa, mas em casa, muitas vezes, vive brigando com familiares, de mau humor, triste, melancólico, praticando crimes, atos social ou eticamente inaceitáveis e coisas assim.
     Qual o mal disso? Escondendo o lado imperfeito e problemático, cria-se a ideia de não existir imperfeição em algo, portanto o objeto ou pessoa é considerado perfeito. Criam uma ilusão por conta de desconhecer o outro lado. Resultado? cria-se expectativas de ter ótimos resultados e uma vida maravilhosa se praticar estes atos "perfeitos", agindo como aquela pessoa "perfeita". Quando faz isso, passa a desfrutar de frustação e tempo perdido que poderia ter gastado com outra coisa mais benéfica.
Imagem: Roberth Vinãcius Vinãcius
      Outro malefício é a já comentada dominação que a política da foto gera. Na sociedade capitalista  vivenciada atualmente, no marketing, ressalta-se muito as qualidades dos produtos e serviços, omitindo seus possíveis inconvenientes que, somente em serem citados, podem fazer os clientes desistirem de comprar ou usar. Estratégias essas usadas no setor público em obras, projetos e programas, sempre ressaltando os pontos positivos deles, e omitindo-se todo tipo de possível inconveniente. Tudo para parecer que a administração está trabalhando bem. Obviamente a lei exige transparência, mas tu acha que quando possível, não há quem vá desobedecer a lei?
      E como acabar com esse domínio da política da foto? Informação, meu amigo! Procure se informar sobre o assunto, verificar diversas fontes, veículos de informação e, quando possível, indo no local e vendo com os próprios olhos. Assim, não se faz grandes expectativas ou ilude-se e pode-se tomar decisões mais corretas e adequadas, evitando aborrecimentos futuros.

quarta-feira, 6 de março de 2019

A vida não é de graça

     Você quer muito comer uma pizza. Ela custa um determinado valor monetário para obtê-la. Perder dinheiro muitos não desejam, pois em algum outro momento pode precisar dele na resolução de um problema de saúde, festa, outra coisa que queira comprar e por aí vai. O pagamento te faz ficar receioso, porém, se pudesse obtê-la de graça, não pensaria duas vezes.
     Semelhantemente é a vida. Ela nos dá muitas coisas boas como alegria, felicidade, sucesso e prazeres diversos. Por estarmos vivos, temos acesso a algo bom. Considera justo tê-la de graça? Então como a pagamos? Até pobre tem vida feliz, porém não possui muito dinheiro, às vezes mora "debaixo da ponte" e sente fome. O pagamento é feito com coisas ruins: sofrimento, tristeza, dor, doenças e outras. Todos os viventes passaram, passam e passarão por isso.
      Mas por que pagar assim? Não deveria haver outra forma menos dramática? A vida até parece ser má. Fazendo desta maneira, aprendemos a dar valor a ela. Não costumamos valorizar o obtido facilmente. Exemplificando: alguém ganha uma moto em algum sorteio. Na mente de muitos, o fato de não ter trabalhado "duro" para conseguí-la, faz com que usem o veículo indisciplinadamente podendo perdê-lo rapidamente. O oposto costuma ocorrer quando se esforçam e juntam lentamente dinheiro para comprá-la, pois ao perderem-na, sabem da dificuldade em se conseguir outra, por se lembrarem dos momentos difíceis que passaram antes. O valor da vida é diretamente proporcional aos cuidados para com ela, ou seja, quanto mais cuidamos, maior sua validade para a gente.
      Percebe-se, pelo exemplo anterior, que os desprazeres passados por nós, ajuda a ter disciplina em nossas ações. A "ficar os pés no chão". Pois alegria ou felicidade demais, nos empurra a pensar que tudo podemos fazer, não há preocupação, nunca mais teremos nada de ruim em nossa vida. Isso acontece mesmo. Nos distraímos e PÁ!.. aparece câncer, acidente...
      Mesmo assim não poderíamos apenas usufruir das coisas boas da vida sem precisar se preocupar com o valor dela? Afinal, vamos morrer mesmo um dia. De fato este último é verdade! Entretanto, podemos falecer mais cedo ou mais tarde. Nossas ações enquanto vivos, influenciam quando fecharemos os olhos para sempre, isto é, aquilo que fazemos prejudicando e simplesmente arriscando nossas vidas, pode nos fazer perdê-la antes do imaginado. Assim, as coisas ruins, na verdade são boas, pois podem dar novas oportunidades. Como assim o ruim é bom? Imagine um pai que trabalha muito. Só quer saber de trabalho e tal. Não passeia ou brinca com os filhos, dificilmente conversa com amigos e a mulher, ama-a, tem um jantar romântico. De repente sofre um acidente ou fica enfermo de doença que o deixa sob cuidados de amigos e familiares. Nesse momento, vê o quanto estava menosprezando algo importante e bom para ele que estava ali pertinho o tempo todo.
       E aí? Qual sua escolha: viver muito e curtir bastante com limites ou curtir sem barreiras e morrer logo?
Imagem: Cartaz do filme "Viva: A Vida É Uma Festa" de 2018

terça-feira, 1 de janeiro de 2019

Mensagem correta


Já diz a sabedoria popular: "Quem conta um conto, aumenta um ponto", ou seja, história passada oralmente se modifica muito da original devido descuidos e intenções do contador. Além destes problemas, numa comunicação ou repasse de informações quaisquer, independentemente do canal (também chamado meio) usado ser por email, carta, voz, telefone, chat, SMS, entre outros; temos variados elementos envolvidos como ruídos, contexto, emissores e receptores. Todos eles afetam a transmissão e compreensão da mensagem. Como? Vamos entendê-los separadamente.
Os ruídos variam conforme o tipo de canal ou meio usado. Podem ser queda de internet, falha no servidor, papel rasgado, manchas, rasuras no texto escrito, barulhos, chiados, entre outros. Isso contribui no repasse de mensagens fragmentadas adiante, podendo culminar num mau entendimento ou mesmo incompleta compreensão.
O contexto corresponde a situação a que a mensagem se refere, pois a mesma permite variadas interpretações quando emitida junto a distintos contextos. Exemplificando: Se a pessoa ouve "Já 'tá na hora!", sabe que é para executar algo imediatamente, caso houvesse conversado antecipadamente com o emissor sobre a tarefa, ela entende o aviso prontamente, pois tem o contexto certo da mensagem, mas alguém que não está ciente, isto é, desconhece o contexto, fica confuso. Mensagens simples e curtas são usadas quando os envolvidos estão com o contexto em mente, já o detalhamento das mesmas, ocorre para haver contextualização.
Os emissores, aqueles que emitem a mensagem por meio de gravações, falando ou escrevendo, precisam usar palavras e imagens compreensíveis pelo receptor e que impossibilitem  ambiguidade, isto é, não permitam múltiplas interpretações, mesmo já contextualizadas, mas isso pode ser evitado usando construções com mais palavras, detalhando bastante o que se imagina e, quando necessário, escolhendo imagens de interpretação única, incluindo legendas e descrições, se possível. Também é importante a legibilidade mínima da letra quando o texto for escrito à mão. Outra coisa a se ter em mente é que usar ortografia e gramática compreensíveis, não quer dizer obrigatoriamente pertencentes a norma culta, pois se os receptores tiverem outros linguajares e gírias conhecidas pelo emissor, quando possível, é recomendável usá-los para agilizar o entendimento. No caso de imagens, a resolução deve ser boa e as cores usadas devem atender a finalidade desejada.
Já quanto aos receptores, aqueles que recebem a mensagem ouvindo ou vendo, os mesmos devem fazer um esforço para entendê-la bem, procurando acessarem-na integralmente, isto é, do início ao fim dela, a verem ou ouví-la com bastante atenção e, quando necessário, consultar num dicionário, internet ou uma pessoa, o significado de palavras desconhecidas que podem ser cruciais para o entendimento da informação. Ainda pode ser necessário rever a mensagem várias vezes e, como complemento, fazer um feedback, isto é, repetí-la ao emissor para ter certeza do correto entendimento.
Imagem: https://opusdei.org/pt-pt/document/
E por que gastar tanto esforço e tempo em uma comunicação tão eficaz assim? No trabalho em equipe, numa sala de aula, ao dar palestras e muitas outras situações de comunicação pública, o receptor entendendo de forma exata o que o emissor disse e aquele necessitando disso para fazer prova importante, tarefa, viagem ou tomar  decisão crucial a respeito de algo, tais ações podem ser feitas com altíssimas chances de sucesso. De fato não podemos controlar todas as variáveis e elementos envolvidos, mas quanto mais deles pudermos usar para o melhor entendimento possível da mensagem, menores as chances de entendermos ela errada e cometermos erros por conta dela.