domingo, 28 de janeiro de 2018

Punição

     Punição corresponde a ato indicativo de repreensão a alguém que fez algo não aceito por quem pune. Ela pode ser aplicada de variadas formas e é criada para fazer as pessoas obedecerem as regras, sua principal finalidade. Porém, há quem cometa abusos e exagere no ato repreensivo.
     Há coisas por aí que provocam satisfação em muita gente como comer, dinheiro, sexo, drogas, dirigir em alta velocidade, e etc. Entretanto, isso em si ou em excesso, pode prejudicar quem faz e os próximos  a ele. Pois, mesmo sabendo das consequências, a tentação tende a  desestabilizar o poder de decisão de qualquer um. Se afetasse somente quem errou, provavelmente a sociedade deixaria de lado, porém, na prática a ação costuma afetar bem mais gente e é aí que começa a preocupação.
     Exemplificando com algo simples: alguém que gosta de comer e come intensamente comidas muito calóricas, provavelmente vai engordar. Um pouquinho não seria um problema e sim bastante de modo que lhe acarrete problemas de saúde. Daí precisará de remédios, talvez cirurgias, hospitais, médicos e outros recursos para poder se tratar de uma consequência de maus hábitos. Isso pode gerar uma perda para alguém que não age assim, pois existe a chance de reduzir-se a disponibilidade de tais recursos a ele, então tais ações passam a prejudicar mais de uma pessoa. O prejuízo não é tão grave nesse caso, entretanto é apenas uma ação de muitas outras que existem por aí.
    Assim, com uma punição tenta-se "frear" desvios prejudiciais às pessoas. Ela, por ser algo desagradável e indesejável, alerta que se fizer coisa que seja indesejada, terá que passar por uma situação que tentará impor disciplina. Claro que tem muitos que ignoram isso e erram assim mesmo, nesse caso o que se faz é intensificar a desagradabilidade da punição para ver se tem um efeito melhor, mas ainda sim, às vezes, não adianta muito. Nesse nível deve-se mudar é onde ela "ataca"!
     Quando alguém dirige em alta velocidade, normalmente se aplica uma multa em dinheiro. É uma boa opção, mas nem sempre suficiente, pois às vezes ocorre reincidência dentro de pouco tempo. Poderia-se apreender o veículo por 30 dias ou prendê-lo para fazer um curso de segurança no trânsito. Talvez fossem medidas mais eficazes.
      Por outro lado, há quem puna imoralmente, pois sente prazer em punir outras pessoas ou não tenham um bom controle das próprias emoções e exageram no ato, cometendo agressão verbal, física, psicológica e até social, o que pode acarretar efeitos irreversíveis. Certo que o erro deve ser punido, porém de forma justa e adequada, pois se quer a melhoria das pessoas e não o oposto. Por isso tem-se que analisar a adequação da punição a ação errônea para melhorar as coisas e não piorar.
       Ou seja, punição é bom para endireitarmos os caminhos das pessoas que se desviam por falta de controle ou orientação. Aquele que pune deve fazê-lo com firmeza e racionalidade, sempre se atentando no efeito a longo prazo desta ação, pois assim estará ajudando a sociedade a melhorar um pouco a cada dia.