Todas as pessoas, sem exceção, têm qualidades e defeitos. Às vezes um desses se destaca mais, tornando o outro quase imperceptível para quem não tem olhar atento. Essa desatenção nos faz criar ilusões a respeito das pessoas, culminando em decisões inadequadas que podem gerar arrependimentos posteriores.
Quando os defeitos se sobressaem, podemos pensar que a pessoa não tem qualidades, isto é um erro, pois todo mundo possui algumas delas para alguém. Olhando com atenção, poderá vê-las, mas... e quanto aos defeitos? Porque como ambos estão na mesma pessoa, não há forma de obter qualidade sem levar defeito. Igual uma maçã parcialmente estragada, cortamos as partes ruins, ficamos com a parte boa. Numa pessoa, é só ignorar tanto quanto possível seus defeitos, ficando atento às suas qualidades, absorvendo o que for útil delas para seu próprio crescimento.
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Fonte: CanStock |
Por que não podemos simplesmente nos ater demais às pessoas de qualidades mais realçadas? O que ganhamos com quem tem muitos defeitos? No nosso mundo, existe pouquíssima gente somente de boas qualidades e mesmo estas, nem sempre se tornam muito úteis ou interessantes para nós. Então temos mais maçãs parcialmente podres. Nestas pode haver algo que nos seja útil. Por isso devemos ficar atentos a elas.
Outra analogia temos na extração de ouro nos garimpos. Ele fica preso em inúmeras impurezas, às vezes tão envolto que pode passar despercebido. Precisamos detectar onde se esconde, remover as impurezas e poli-lo para termos a joia.
Vivemos num mundo onde o processo de amadurecimento não se faz sozinho, precisamos extrair do espaço ao nosso redor tudo que nos faça melhorar e sofrer menos, ampliando nossos horizontes. Aumentando nossas fontes de aprendizado, aceleramos nossa própria evolução, seguindo na direção do bem estar mental e físico. Por isso, não jogue fora as maçãs um pouco podres que a vida lhe oferece. Veja bem se há algo aproveitável nelas.